O presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assumiu segunda-feira como “ponto de honra” tirar Portugal do procedimento por défice excessivo em 2015, afirmando que o Governo adotará “uma estratégia que garanta” esse objetivo.

Pedro Passos Coelho contestou desta forma as “profecias e previsões que possam aparecer” e que “lancem dúvidas” sobre a redução do défice orçamental para menos de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano – a meta inscrita no Orçamento do Estado para 2015 é 2,7%, e anteriormente esteve prevista uma redução para 2,5%.

“Quero aqui reafirmar que é para nós um ponto de honra tirar Portugal do défice excessivo em 2015. É um ponto de honra”, declarou o primeiro-ministro, num hotel de Lisboa, numa conferência inserida nas IV Jornadas “Consolidação, Crescimento e Coesão”, promovidas pelo PSD, sobre o Orçamento do Estado para 2015.

“E, apesar de todas as profecias e previsões que possam aparecer que lancem dúvidas sobre essa matéria, garanto-vos: o Governo nunca deixará de adotar uma estratégia que garanta que em 2015 nós vamos sair do défice excessivo. Esse é um compromisso com a responsabilidade com que fomos eleitos e que devolvemos aos portugueses“, acrescentou o presidente do PSD.

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No seu discurso, que durou cerca de 50 minutos, Passos Coelho falou, de passagem, da forma como está organizado o Estado, para considerar que “precisa ainda de uma reforma maior do que aquela que foi feita até hoje”.

O primeiro-ministro reclamou estar a seguir um caminho “de responsabilidade e de recuperação” e rejeitou estar a governar em função das legislativas de 2015.

“Não é por estarmos em ano de eleições que estamos agora a prometer tudo a toda a gente. Sabemos o que custou isso em 2009 a Portugal quando um Governo achou que era assim que se devia ganhar as eleições”, afirmou o primeiro-ministro, numa crítica à anterior governação socialista de José Sócrates.

Por outro lado, prometeu políticas “transversais” a favor de “uma sociedade mais amiga da família e das crianças”, apontando a proposta de alteração ao código do IRS como “o primeiro sinal de um conjunto de medidas” nesse sentido.