O Supremo Tribunal líbio invalidou esta quinta-feira o Parlamento do país, reconhecido internacionalmente, eleito a 25 de junho, avançou a AFP.

Um legislador islâmico havia pedido ao tribunal para analisar a constitucionalidade das eleições de junho, que levaram à criação do Governo provisório, liderado pelo primeiro-ministro Abdullah al-Thani.

A Líbia está dividida entre tribos rivais e lutas políticas. Desde que em agosto um grupo armado capturou a cidade de Trípoli, há dois Governos que reclamam legitimidade. O primeiro-ministro al-Thani, eleito a 25 de junho e reconhecido internacionalmente, refugiou-se no leste do país, em Tobruk. Em Trípoli, Omal al-Hassi, um académico professor de Ciência Política na Universidade de Bengazi apoiado pelos islamitas, proclamou um outro Governo. O Parlamento liderado por al-Hassi é dominado pelos islamitas e recusou-se a reconhecer o Governo de Tobruk, composto por liberais.

Depois das eleições de junho, a Líbia mergulhou no caos. A lei nas ruas é aplicada por milícias rivais, que lutam entre si e contra as forças estatais.

Na segunda-feira, o líder do auto-proclamado Governo de Trípoli pediu novas eleições por considerar que o Parlamento reconhecido internacionalmente e liderado por al-Thani perdeu a legitimidade. “Este Parlamento já não é aceite na Líbia. Perdeu a legitimidade. Precisamos de novas eleições”, disse al-Hassi, citado pela Al Jazeera.

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