O Fundo Petrolífero de Timor-Leste manteve-se em setembro nos 16,6 mil milhões de dólares com saídas de 340 milhões de dólares para o Orçamento de Estado, anunciou hoje em comunicado o Banco Central timorense.

Segundo o relatório trimestral referente ao terceiro trimestre do ano, em setembro o valor do fundo era de 16,6 mil milhões de dólares.

“O relatório mostra que as entradas brutas de capital foram de 522,35 milhões de dólares, consistindo em 194,55 milhões de dólares de contribuições dos contribuintes para o Fundo e 320,64 milhões de dólares de pagamentos de royalties provenientes da Autoridade Nacional do Petróleo”, refere o documento.

O relatório refere também entradas de 7,16 milhões de dólares em setembro referentes ao “annual pipeline”.

“As saídas de dinheiro foram de 345,35 milhões de dólares, dos quais 340 milhões de dólares foram sob a forma de transferências para o Orçamento de Estado e 5,35 milhões de dólares para cobrir os custos de gestão operacional”, salienta o documento, acrescentando que as entradas líquidas foram de 177 milhões de dólares.

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O documento refere também que o rendimento dos investimentos do Fundo foi de 225,3 milhões de dólares, 44,6 dos quais em dividendos e de juros e 270 em consequência das alterações do valor de mercados dos títulos detidos em 30 de setembro.

“O resultado foi um retorno para a carteira de títulos do Fundo de 1,35 por cento, enquanto o do Benchmark para o mesmo período foi de 1,40 por cento”, lê-se no relatório.

Criado em agosto de 2005, o Fundo Petrolífero de Timor-Leste acolhe as receitas do Estado provenientes da exploração dos recursos petrolíferos.

As receitas do fundo são depois investidas em ativos financeiros no exterior e as únicas saídas de dinheiro são para o Orçamento de Estado, mas têm de ser aprovadas pelo parlamento nacional.

O Banco Central de Timor-Leste é o agente responsável pela gestão operacional do Fundo e o Ministério das Finanças define a estratégia global de investimento.

Na sequência da decisão da ministra das Finanças timorense, Emília Pires, de aumentar a exposição de ações, a exposição dos gestores da carteira de ações aumentou progressivamente e atingiu 40 por cento em junho de 2014.