A reunião dos coordenadores da comissão de inquérito ao BES acabou a uma só voz, com Fernando Negrão, deputado do PSD, a afirmar que na quinta-feira de manhã vai ligar para o Banco de Portugal, de modo a apurar quando é que os deputados vão ter acesso ao relatório da auditoria forense que está a investigar a queda do banco. Seja como for, a audição de Carlos Costa, governador do Banco de Portugal (BdP), e a primeira pessoa a ser ouvida por pela Assembleia neste caso, mantém-se para segunda-feira.

Duas horas de reunião foi o tempo necessário para que os deputados dos vários grupos partidários debatessem os temas na agenda: os documentos que estão a chegar à Comissão e as audições a mais de 100 pessoas que começam já na próxima segunda-feira. As conclusões foram prestadas por Fernando Negrão, deputado social-democrata e presidente desta comissão de inquérito, que descreveu e reunião à porta fechada como “profícua”, dizendo estar “mandatado por todos” para ligar quinta-feira de manhã para o governador do Banco de Portugal para questionar quando é que os deputados vão ter acesso ao relatório da auditoria forense que está a ser levada a cabo por esta instituição à gestão do BES.

“Para já, mantém-se a audição”, disse o deputado, dizendo ainda que “há várias soluções”, consoante a resposta do Banco de Portugal. O ex-líder do PSD, Marques Mendes, disse no domingo que a auditoria estava pronta, mas entretanto surgiram notícias que o BdP vai ainda ouvir Ricardo Salgado e outras figuras do BES em contraditório.

Esta reunião foi pedida pelo PCP, alegando que a documentação não estava a chegar como tinha sido pedida aos deputados da comissão. O BdP veio dizer esta tarde que já tinha enviado quase todos os documentos e tanto Caixa Geral de Depósitos como Novo Banco recusam-se a entregar documentos devido ao sigilo bancário.

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