Tem sido um corrupio de advogados a entrar e a sair do edifício do Campus da Justiça, em Lisboa, onde, durante este final de sexta-feira, decorre o interrogatório aos detidos do processo de investigação sobre a corrupção na atribuição dos vistos Gold. E o leque de advogados inclui alguns nomes de topo.

O advogado João Medeiros vai representar o diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Palos. Medeiros pertence ao escritório PLMJ – A.M. Pereira, Sáragga Leal, Oliveira Martins, Júdice e Associados, e entre os seus clientes conta-se o ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Jorge Silva Carvalho.

Já o advogado Rui Patrício, do escritório Morais Leitão, Galvão Teles e Soares da Silva, vai representar o presidente do Instituto de Registos e Notariado, António Figueiredo. Patrício é advogado de José Penedos no processo Face Oculta e já foi representante do BIC.

Perto das seis da tarde, entrou também no edifício o advogado Carlos Pinto Abreu, ex-candidato à Ordem dos Advogados e que já recebeu o prémio de melhor advogado do Ano em Direito Criminal, mas ainda não se sabe quem é que vai representar. Às 20h saiu, numa interrupção para jantar, e recusou dizer aos jornalistas quem representa: “Este processo é secreto. Nenhum advogado pode revelar nada. Secreto é, secreto fica”.

Durante a tarde, foi chamada ao edifício um intérprete de chinês, para ajudar na comunicação com algum arguido do processo Labirinto.

Esta sexta-feira, os vários detidos foram identificados, um processo moroso. Sábado serão todos ouvidos a partir das 9h.

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