O ex-banqueiro Jorge Jardim Gonçalves considera “um lapso” tanto o primeiro-ministro, como a ministra das Finanças e o Presidente da República não conhecerem a real situação do BES que levou em agosto a uma intervenção do Banco de Portugal. “Tenho grande dificuldade em compreender” que aqueles responsáveis, que “deviam estar constantemente informados”, tenham sido apanhados de surpresa com a queda do BES. “Ou então eu não sei como é que o país funciona”, disse, em entrevista na RTP.

Jardim Gonçalves manifestou-se contra a solução de dividir o BES em banco bom e banco mau, sustentando ser solução “infeliz e ilegítima”. E defendeu que os acionistas do banco deviam ter ficado até ao fim, “para o bem ou para o mal”.

Jorge Jardim Gonçalves fundou o BCP em 1985 e deixou o banco em 2008. Em 2014, foi condenado em tribunal a uma pena de dois anos de prisão, que ficou suspensa mediante o pagamento de 600 mil euros, pelo crime de manipulação de mercados.

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