O ministro da Educação inaugurou em Espinho dois novos centros escolares, que, mediante um investimento global de 6,1 milhões de euros, substituem antigas escolas do Plano Centenário e edifícios precários, proporcionando novas condições a 436 alunos.

Em causa estão o novo Centro Escolar de Anta, que custou cerca de 3,6 milhões de euros, e o Centro Escolar de Paramos, orçado em cerca de 2,5 milhões – sendo que, em ambos os casos, a comparticipação comunitária foi de 85% e o montante restante resultou das verbas de jogo afetas ao Casino de Espinho.

Para o ministro Nuno Crato, esses dois equipamentos são “exemplo da transformação escolar que se está a registar em todo o país”.

“A velha escola desempenhou o seu papel”, admitiu o governante na inauguração. “Mas está a dar lugar a uma nova escola, mais moderna, que possibilita novas oportunidades educativas (…) e onde os jovens têm condições para socializar mais, têm possibilidade de desenvolver atividades complementares e têm acesso a equipamentos de que antes não dispunham”, defendeu.

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O ministro realçou ainda que essa mudança se fez “sem luxos, mas com as funcionalidades necessárias”, pelo que as localidades do interior estão agora “a oferecer condições comparáveis às disponibilizadas pelas dos grandes centros urbanos”.

Pinto Moreira, presidente da Câmara Municipal de Espinho, deu por cumprido um dos seus compromissos eleitorais, considerando que, à chegada do PSD à chefia do Executivo da Câmara, encontrou aquilo que descreveu como “um parque escolar desajustado e datado”.

O investimento efetuado entretanto proporcionou a Anta e Paramos “uma escola do novo milénio, dos novos tempos, com todas as condições” – o que Pinto Moreira atribuiu à solução negociada entre autarquia e Governo para ultrapassar a “asfixia” em que a Câmara se encontrava devido “ao problema sério, já dos anos 90”, da sua dívida de três milhões de euros para com o Ministério da Educação.

O presidente da autarquia não quis revelar detalhes sobre a referida solução, mas afirmou que o investimento nos novos centros escolares do concelho só foi possível porque Ministério e Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) se revelaram “inexcedíveis na ultrapassagem do problema”.

O Centro Escolar de Anta implicou o encerramento de quatro escolas nessa freguesia, reunindo agora num mesmo espaço seis salas de jardim-de-infância, para um universo total de 150 crianças, e 12 salas do 1.º Ciclo, para 288 alunos.

Fonte da autarquia revela que um dos imóveis na área de influência do novo centro integrava o Plano das Escolas Centenárias e “não possuía as valências necessárias para estabelecimento de ensino a tempo inteiro”, pelo projeto eliminou “todos os edifícios de construção precária, nomeadamente o pré-fabricado que funcionava como sala de jardim-de-infância na Escola Anta 2”.

Já no que se refere ao Centro Escolar de Paramos, é constituído por três salas para o ensino pré-escolar, o que representa mais uma sala e passa a abranger 75 crianças, e oito salas de 1.º Ciclo, para 192 alunos.

Os três edifícios da sua área de abrangência pertenciam ao Plano Centenário, pelo que todos encerraram, assim como foram destruídos os monoblocos precários que antes funcionavam como cozinha, refeitório e salas para desporto.

À entrada e saída do equipamento inaugurado em Anta, Nuno Crato foi recebido por cerca de uma dezena de maniestantes que, pedindo a sua demissão, empunhavam um cartaz afirmando: “Já chega de falta de Educação”.