Várias pessoas foram presas, esta noite, em Nova Iorque, no segundo dia de protestos contra a decisão de júri do Missouri (centro dos EUA) de ilibar um polícia que matou a tiro um jovem negro, informou a polícia.

Centenas de manifestantes saíram para as ruas da maior cidade norte-americana, em várias iniciativas, denunciado a decisão, conhecida na véspera, de um grande júri de não acusar criminalmente o agente Darren Wilson, que matou a tiro, a 09 de agosto, o jovem negro Michael Brown, de 18 anos, em Ferguson.

Os protestos em Nova Iorque refletiam um clima de elevada tensão, mas não se registaram incidentes violentos como os ocorridos na noite anterior na cidade de Ferguson, após o veredicto, onde mais de 80 pessoas foram detidas na sequência de distúrbios que levaram ao destacamento de mais de 2.200 homens da Guarda Nacional para a zona.

“Várias pessoas foram detidas. Não dispomos do número exato”, declarou um porta-voz da polícia de Nova Iorque, sem facultar mais detalhes.

Dois dos organizadores das iniciativas em Nova Iorque foram levados pelas autoridades por terem bloqueado a circulação designadamente junto a Times Square e ao Túnel Lincoln, que liga Manhattan a Nova Jersey. Um outro grupo reuniu-se em Union Square, no sul de Manhattan, antes de começar a andar pelas ruas sem parar de mudar de direção para escapar ao controlo da polícia, constatou a AFP.

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“Prisão para os polícias assassinos”, “Exigimos justiça para Ferguson” eram as mensagens que constavam em alguns dos cartazes dos manifestantes.

Na segunda-feira, duas pessoas tinham já sido detidas em Nova Iorque por agressão às autoridades, por terem lançado tinta vermelha contra o chefe da polícia, Bill Bratton.

Segundo a cadeia televisiva CNN, esta noite, realizaram-se manifestações para reclamar justiça no caso de Ferguson em 37 estados norte-americanos, as quais juntaram milhares de pessoas.