A escola privada Colégio do Minho, de Viana do Castelo, conquistou este ano a melhor média nacional no exame de Português, com um registo de 15,83 valores, e apenas 57 escolas em 607 não conseguiram chegar aos 10 valores. De acordo com dados disponibilizados pelo Ministério da Educação e Ciência, não chegam a 60 as escolas que em 2013-2014 não conseguiram uma média no exame de Português igual ou superior a 10 valores, o limiar da nota positiva.

No ano anterior quase dois terços das escolas registaram uma média negativa nesse exame, mas seis escolas privadas conseguiram uma média de exames superior à média das classificações internas, o que geralmente não acontece.

Este ano, quase 50 escolas superaram as médias internas nos exames, algumas das quais em quase dois valores, como foi o caso do Colégio São Tomás, privado, no distrito de Lisboa, oitavo classificado no ‘ranking’ dos exames de Português, ou da Escola Secundária de Carregal do Sal, pública, no distrito de Viseu, 10.ª classificada. Em ambos os casos as médias nos exames ficaram próximas dos 15 valores e as médias internas rondam os 13 valores.

A melhor escola pública no exame de Português foi a Escola Secundária Abade de Baçal, em Bragança, que com 61 exames realizados e uma média de 15,16 valores conseguiu o 5.º lugar na lista, tendo ainda ficado bastante próxima da média da classificação interna, que foi de 15,21 valores.

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No fundo da lista estão três escolas cujas médias nos exames ficaram abaixo dos 7,5 valores: as privadas Escola Portuguesa de Díli, em Timor-Leste (7,29 valores), e a Escola Portuguesa da Guiné-Bissau (7,38 valores), e a escola pública Básica e Secundária Padre José Agostinho Rodrigues, em Portalegre, que com apenas 10 exames realizados registou uma média no exame de 7,49 valores.

Matemática e Física e Química quatro valores abaixo da média interna

As disciplinas que mais problemas habitualmente colocam aos alunos do secundário nos exames nacionais – Matemática e Física e Química – são aquelas cujas médias nas provas apresentam um maior diferencial para as médias internas, registando uma diferença de quatro valores.

É Física e Química A que apresenta o maior diferencial entre média de exames e média de classificações internas, ao registar uma nota média nas provas de 9,19 valores e uma média interna de 13,51 valores, de acordo com dados disponibilizados pelo Ministério da Educação e Ciência.

Nesta disciplina, o diferencial é de 4,32 valores, ligeiramente acima da diferença registada a Matemática A, na qual os alunos conseguem notas finais médias 4,25 valores acima das notas de exame: a média nas provas é de 9,2 valores e na classificação interna é de 13,45 valores.

Estas são também duas das seis disciplinas em que a média interna positiva não é acompanhada pelos exames, com um registo médio negativo nas provas.

É a Francês que os alunos do ensino secundário conseguem mais aproximam os resultados dos exames das suas notas internas, apresentando este ano um diferencial que não chega a um valor: a nota média nos exames nacionais foi de 12,28 valores e a média interna de 13,14 valores.

Na disciplina de Português, aquela em que mais alunos fazem exame a nível nacional, a diferença foi de 1,81 valores, com uma média nos exames de 11,61 valores e na classificação interna de 13,42 valores.

A Biologia e Geologia, uma das disciplinas com mais exames realizados todos os anos, a diferença entre média de exames e média interna aproxima-se dos três valores (2,74 valores), com uma média nas provas de quase 11 valores, e nas notas internas de 13,74 valores.