E se todas as pessoas que se chamem João ou que tenham o sobrenome Silva fossem obrigadas a mudar de nome? Isto aconteceu na Coreia do Norte com o nome do ditador Kim Jong-un, conforme avançou nesta quarta-feira o canal estatal da Coreia do Sul KBS. Desde 2011, os cidadãos coreanos são proibidos de chamar-se Kim Jong-un, incluindo os recém-nascidos. O objetivo é o de aumentar o culto à personalidade do ditador.

O país também impôs proibições semelhantes para o uso dos nomes de dois ex-líderes da dinastia Kim: Kim Jong-il, pai de Kim, e Kim Il Sung, avô do ditador. De acordo com a KBS, o decreto oficial foi assinado em 2011 e dizia que as pessoas que já têm algum destes nomes devem alterá-lo nas suas certidões de nascimento, mas não precisam parar de usá-lo no seu dia-a-dia. Policiais e militares foram instruídos para fiscalizar a aplicação do decreto.

Segundo a Folha de São Paulo, o nome Kim é o mais comum entre os coreanos, com mais de 20% de uso entre a população, tanto em cidadãos do Norte como do Sul e o sobrenome Jong-un é relativamente frequente, tanto para homens como para mulheres, nas duas Coreias.

Kim Jong-un é líder da Coreia do Norte desde 2011, quando foi proclamado durante o cerimonial pela morte de seu pai, Kim Jong-il. A sua biografia é pouco conhecida pela própria população coreana: filho da dançarina japonesa Ko Yong-hui, que faleceu em 2004, teria nascido em 1983 ou em princípios de 1984 e estudou na Suíça antes de voltar ao país.

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