Milhares de funcionários da administração local iniciaram esta quinta-feira, cerca das 11h00, uma marcha de protesto desde o Ministério das Finanças, em Lisboa, até ao Parlamento, exigindo a publicação dos acordos para manterem as 35 horas semanais de trabalho.

A manifestação começou com os trabalhadores a gritarem palavras de ordem, como “acordo assinado, acordo publicado” e contra a privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF).

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), Francisco Braz, esta “é a maior manifestação do poder local dos últimos 20 anos”.

O sindicalista indicou serem esperadas “mais de 12 mil pessoas”, que vieram em “mais de cem autocarros de todo o país”.

Antes da marcha partir, os representantes dos trabalhadores entregaram no Ministério das Finanças, localizado nas imediações do Terreiro do Paço, uma moção para pedir a publicação imediata dos acordos coletivos de empregador público (ACEP).

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“Caso (os acordos) não sejam publicados após esta manifestação, vamos recorrer, mais uma vez, aos tribunais”, anunciou Francisco Braz, salientando que o Governo já foi condenado anteriormente pelo poder judicial.

Os manifestantes exibem cartazes, nos quais referem estar ali “contra o empobrecimento”, “pela publicação imediata dos ACEPS” e “em defesa das 35 horas”.

Entre os cartazes, percebia-se a proveniência dos manifestantes, nomeadamente da zona metropolitana de Lisboa, Sesimbra, Bragança, Viseu e Coimbra.

Nesta iniciativa vão participar o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, e pelas 12h00 estão previstos discursos de dirigentes sindicais junto à Assembleia da República.

Em causa está a publicação dos acordos coletivos que preveem a manutenção das 35 horas de trabalho semanal e que aguardam homologação do secretário de Estado da Administração Pública para publicação.