Pelo menos 175 médicos nigerianos voluntários chegaram nesta sexta-feira à Libéria para apoiar o combate ao vírus do Ébola, no dia em que a Presidente liberiana, Ellen Johnson-Sirleaf, proibiu manifestações de rua durante a campanha eleitoral.

Os 175 profissionais de saúde da Nigéria fazem parte do grupo dos 250 médicos convidados pela recém-criada unidade de apoio da União Africana para o surto do Ébola na África Ocidental, que está a prestar apoio a Libéria e a Serra Leoa na luta contra a epidemia, que já causou 6,187 mortos em três países daquela região do continente africano. O outro país é a Guiné-Conacri.

O embaixador nigeriano na Libéria, Chigozie Obi-Nnadozie, citado hoje pela imprensa de Monróvia, considerou que a decisão dos voluntários “demonstra o espírito de entreajuda dos africanos e dos nigerianos”, em particular. Do total dos 250 voluntários, uma centena vai ficar na Serra Leoa, de acordo com a agência do continente africano AllAfrica.com.

A Libéria, um dos países mais atingidos pelo Ébola, está a enfrentar dificuldades para travar a propagação do vírus, o que levou a Presidente liberiana, Ellen Johnson-Sirleaf, a emitir uma Ordem Executiva que proíbe qualquer concentração de pessoas durante a campanha eleitoral às eleições de Senado, no dia 16 de dezembro, até 30 dias depois do anúncio dos resultados. O escrutínio estava inicialmente agendado para outubro, mas foi adiado devido à situação de emergência que a Libéria vivia em consequência da eclosão da doença.

Ellen Johnson-Sirleaf considerou que a Ordem Executiva “destina-se a fortalecer as ações do governo da Libéria para conter a propagação do Ébola, proteger a segurança do Estado, manter lei e ordem, bem como promover a paz e estabilidade no país”. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a 28 de novembro, havia 2.155 casos de Ébola na Guiné-Conacri, com 1.312 mortos, 7.635 casos na Libéria, com 3.145 mortos, e 7.109 na Serra Leoa, com 1.530 vítimas mortais.

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