A intenção foi expressa no final de uma reunião entre o Governo cabo-verdiano e os representantes da comunidade internacional, destinada a concertar posições e coordenar a assistência humanitária a Cabo Verde durante e após o vulcão. “Estamos a tentar afinar os mecanismos de coordenação para que os Governos (estrangeiros) e as organizações internacionais sejam informados convenientemente das nossas necessidades e dos estragos provocados” pelas erupções vulcânicas, disse Antero Matos, coordenador do Gabinete de Crise entretanto criado pelo Governo.

Segundo Antero de Matos, numa altura em que a erupção continua e a agravar-se – a lava destruiu nos últimos dias duas localidades em Chã das Caldeiras e ameaça outras povoações no norte da ilha -, as necessidades são diferentes das inicialmente apresentadas. “Face a situação que se prevê, com a evacuação de novos povoados, o que aumentará o número desalojados, precisamos de tendas, materiais de cozinha e outros equipamentos necessários para as pessoas que possam ser realojadas em condições”, precisou.

O coordenador do Gabinete de Crise lembrou que já estão a ser realizados trabalhos “concretos” na recuperação das casas que foram construídas após a erupção de 1995, que estavam, desde então, praticamente desabitadas, para realojar várias famílias. “Os projetos estão a ser elaborados e já temos orçamentos e financiamentos para levá-los para a frente”, sublinhou, lembrando que, de Angola, chegarão, em breve, duas aeronaves e um navio com materiais de construção para apoiar os esforços de reparação.

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