O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmaram esta quarta-feira que a América Latina é uma prioridade da política externa portuguesa, destacando o relacionamento com os países da Aliança do Pacífico. No últimos cinco anos, as exportações para esta zona do globo aumentaram 20%.

Cavaco Silva e Passos Coelho estiveram presentes no final da XXIV Cimeira Ibero-Americana, no México – encontro ao qual faltou, pela terceira vez, a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e no qual também não estiveram presentes os presidentes de Cuba, Argentina, Venezuela, Nicarágua e Bolívia.

A Aliança do Pacífico é um bloco comercial criado em 2012, constituído por México, Peru, Colômbia e Chile, a favor do comércio livre e considerado concorrente do Mercosul, que existe desde 1991, atualmente composto por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, e que é mais conotado com o protecionismo económico.

“O relacionamento de Portugal com a América Latina não é apenas o relacionamento com o Brasil, um país a que nos ligam laços muito particulares. Alargámos esse relacionamento, quer a nível político, quer a nível económico, quer a nível de investimento, em particular com os países da Aliança do Pacífico”, afirmou Cavaco Silva.

Assinalando as visitas a Portugal dos presidentes da Colômbia, México, Panamá e Peru, o chefe de Estado português considerou que, nos últimos anos, a presença económica portuguesa e os contactos políticos com a América Latina aumentaram.

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“Nos últimos cinco anos, as exportações de Portugal para esta parte do mundo tiveram um crescimento médio de cerca de 20%”, referiu.

Passos Coelho assinalou que Portugal tem conseguido “um nível de penetração bastante grande” na América Latina, “sobretudo neste arco que constitui a Aliança para o Pacífico”.

“Creio que o Panamá deverá estar praticamente a dar por concluído o processo de adesão à Aliança para o Pacífico e nós somos membros observadores desde há um ano e meio”, salientou Passos Coelho.

Cavaco Silva apontou a participação de Portugal na organização de 22 países ibero-americanos – que vão passar a reunir-se de dois em dois anos, em vez de anualmente – como “uma das prioridades da política externa portuguesa” e Passos Coelho reforçou que as relações com a América Latina são “uma prioridade clara da política externa portuguesa”.