O ministro da Economia anunciou nesta terça-feira que o banco de fomento “vai estar ativo a partir desta semana” para canalizar a parte reembolsável dos fundos estruturais e de investimento num total de 1,5 mil milhões de euros. António Pires de Lima afirmou que esta é uma das áreas prioritárias da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD). “A nossa previsão é de que, através da IFD venham a ser disponibilizados nos próximos anos 1.500 milhões de euros de fundos reembolsáveis”, disse o ministro, salientando que esta é a lógica que vai prevalecer no próximo ciclo de apoios comunitários.

“Se nós fizéssemos prevalecer na gestão deste Portugal 2020 uma lógica de fundos perdidos, de subsídios não reembolsáveis, nós estaríamos a alimentar seguramente projetos que não teriam um incentivo de produtividade e rentabilidade que tem projetos apoiados em fundos reembolsáveis”, considerou.

A IFD vai funcionar como entidade grossista, sendo também responsável pelo encaminhamento de fundos multilaterais para o crédito bancário, havendo já um protocolo assinado com a congénere alemã KFW que prevê a instrumentalização de cerca de 800 milhões de euros para as PME, “nos primeiros meses de 2015”.

A intervenção da IFD passa também pela criação de instrumentos de capitalização que possam ser usados pelas PME, nomeadamente a instrumentalização de obrigações convertíveis e preferenciais para facilitar o acesso às empresas. “Também aqui a IFD atuará com uma vocação grossista participando conjuntamente na oferta destes instrumentos com entidades privadas de capital de risco”, destacou o ministro da Economia.

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