Lançou a primeira empresa de turismo espacial europeia, a Caminho das Estrelas, em parceria com a Virgin Galactic, do multimilionário Richard Branson. No grupo Douro Azul, a que preside, viu 2014 acabar com uma faturação de 31,3 milhões de euros em vendas. Mário Ferreira, o homem que mudou a forma como se faz turismo no rio Douro, é o novo membro do Conselho de Curadores da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).
Mário Ferreira vai substituir Virgínia L. Staabcumpre, por indicação de Robert A. Sherman, embaixador dos Estados Unidos da América, em Portugal, na fundação que tem como missão contribuir para o desenvolvimento de Portugal, apoiando financeira e estrategicamente projetos inovadores e incentivando à cooperação entre a sociedade portuguesa e americana.
“Há vários anos que tenho uma amizade bastante próxima com os Estados Unidos da América”, disse Mário Ferreira ao Observador. O empresário foi residente norte-americano durante 12 anos, apesar de nunca ter vivido permanentemente no país. “Andava sempre cá e lá”, afirmou.
A relação deu frutos. É do outro lado do Atlântico que chegam os principais clientes da Douro Azul. “O nosso principal mercado são os EUA”, revela. Cerca de 30% dos 27 mil passageiros que navegaram no rio Douro em 2014 eram norte-americanos. Do Reino Unido, chegaram 24% e da Alemanha 18%.
Mário Ferreira fundou a Douro Azul em 1993, quando tinha 25 anos. Aos 16, começou a trabalhar numa das principais empresas de cruzeiros a nível mundial, em Londres. Hoje, detém investimentos na área da restauração, hotelaria, imobiliário, agricultura, viticultura, fotografia, helicópteros turísticos, entre outros. Empreendedor, criou o World of Discoveries, o primeiro museu interativo e parque temático dedicado aos Descobrimentos portugueses.
No início de 2015, vai dar a cara (e o dinheiro) pelo programa televisivo Shark Tank, onde vai ter oportunidade de investir em vários projetos empresariais portugueses. Áreas de sua preferência: biotecnologia, nanotecnologia, robótica, produtos ou equipamentos que possam ser industrializados e patenteados, contou ao Observador.
Em 2014, Mário Ferreira adquiriu o navio Atlântida por 8,75 milhões de euros. Queria transformá-lo num navio de cruzeiros de luxo para operar no rio Amazonas, no Brasil. Contudo, em dezembro, Mário Ferreira anunciou que tinha parado as obras de reconversão e que iria vendê-lo. Já existem nove empresas interessadas.
A 17 de dezembro de 2014, a Douro Azul também assinou o primeiro contrato de construção dos agora privatizados Estaleiros de Viana. O navio-hotel Viking Osfrid vai ser construído pela West Sea, do grupo Martifer
Mário Ferreira foi condecorado pelo Presidente da República com o título de Comendador da Ordem de Mérito em 2003. Dois anos depois, recebeu o título de Comendador da Ordem de Mérito Agrícola, Comercial e Industrial e foi condecorado com a Ordem da Cruz Mariana pelo Presidente da República da Estónia.
Desde 2003 que Mário Ferreira é cônsul honorário da República da Estónia para o Norte de Portugal Em 2008 recebeu uma medalha Municipal de Mérito,da Câmara Municipal do Porto e em 2011, a medalha de Ouro de Mérito Profissional pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. Em 2013, recebeu a Medalha do Pacificador atribuída pelo Exército do Brasil.