A Comissão de Trabalhadores da PT disse que as responsabilidades inerentes a todos os trabalhadores, incluindo os que não estão no ativo, ficarão na PT Portugal e não na Oi, passando para um eventual futuro dono da empresa.
Em declarações à Lusa, o coordenador da Comissão de Trabalhadores (CT) da PT, Francisco Gonçalves, disse que esta foi uma garantia dada pelo presidente do Conselho de Administração da PT SGPS, João Mello Franco, com quem elementos da CT estiveram reunidos durante a tarde de quarta-feira. “A informação que nos foi transmitida é que essas responsabilidades, nomeadamente as que dizem respeito aos trabalhadores que não estão no ativo, por exemplo os que estão na pré-reforma, ficam na PT Portugal e não na Oi. Se houver uma mudança de titularidade passam para o novo dono”, disse Francisco Gonçalves.
A CT esteve reunida com Mello Franco para manifestar a sua preocupação com o futuro da PT Portugal e conseguir garantias reais para os trabalhadores e para os postos de trabalho em termos futuros. “Estamos a fazer uma maratona que só acaba no dia em que tivermos garantias”, disse Francisco Gonçalves, segundo o qual a CT está disponível para dialogar com todas as entidades, nomeadamente aquele que for o novo dono da PT Portugal.
A CT defende “a responsabilização por todos os meios legais dos culpados pelos danos patrimoniais causados à empresa com o investimento ruinoso na RioForte/GES” (Grupo Espirito Santo) e exige “o reembolso dos prémios pagos à administração da PT SGPS desde a venda da VIVO, em 2010, pagos supostamente de forma indevida face aos prejuízos causados e à situação criada em termos empresariais”.
A CT vai estar na quinta-feira à entrada da assembleia-geral da empresa, em Lisboa, que vai decidir sobre a venda da PT Portugal à empresa francesa Altice, para distribuir aos acionistas um documento reivindicativo no qual defende a salvaguarda dos postos de trabalho e da operadora.