Os agentes da polícia estão a ser aconselhados a andar permanentemente armados, mesmo durante os períodos de férias ou folgas, e a evitarem vestir o uniforme fora das horas de serviço. As medidas fazem parte de um conjunto de conselhos emitidos pelo Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) na sequência dos ataques terroristas das últimas semanas em França e na Bélgica, que culminaram na morte de agentes.
“Os elementos policiais portugueses, que habitualmente optam nas suas horas de folga em não andar armados, devem começar, por uma questão de precaução e segurança, a estar permanentemente armados com a arma de serviço que lhe está distribuída ou com arma de defesa pessoal”, escreve o SINAPOL num comunicado emitido depois de o sindicato espanhol ter tomado medidas semelhantes e ter alertado Portugal para seguir o exemplo.
Além de aconselhar os polícias a permanecerem armados, o sindicato sugere ainda que os agentes não vistam o uniforme fora das horas de serviço, isto é, quando vão de casa para o trabalho e do trabalho para casa, de forma a evitar que sejam imediatamente identificados como agentes de autoridade. Além disto, o SINAPOL recomenda também que a PSP acabe com as patrulhas individuais, devido aos “sérios riscos” que o isolamento pode significar para os agentes “face às ameaças existentes e que devem ser levadas a sério”, lê-se.
A ideia é prevenir, diz o sindicato, que no entanto sublinha que se trata apenas de conselhos e não de normas obrigatórias.
