A Estradas de Portugal garantiu esta sexta-feira que nove em cada 10 das suas obras de arte (pontes, viadutos ou túneis) estão em “bom ou muito bom” estado de conservação, de acordo com inspeções feitas no ano passado. Os dados, revelados esta sexta-feira pela empresa com base em inspeções feitas a 95% das obras de arte, indicam que apenas 1,8% destas estruturas vão precisar de intervenção em menos de três anos.
“Desta avaliação concluiu-se que 87,9% destas estruturas foram consideradas como estando em bom ou muito bom estado de conservação, representando um aumento de cerca de 13% face a 2006”, refere a EP. Em estado de conservação “razoável”, o que significa que terão intervenção a médio prazo (nunca antes de cinco anos), estão 10,3% das estruturas.
Apenas cerca de 1,8% das obras de arte foram identificadas como tendo necessidade de “uma intervenção em prazo inferior a três anos, encontrando-se já todos os respetivos processos de reparação atualmente em curso”, adianta a empresa. “O nível de qualidade das obras de arte tem vindo a melhorar ao longo dos últimos anos, sendo que a avaliação média do estado de conservação das estruturas melhorou cerca de 3% entre 2013 e o ano passado.
A Estradas de Portugal tem atualmente 5.276 obras de arte sob gestão direta, sendo que cerca de 20% são pontes e aproximadamente 40% são passagens hidráulicas. Em 2014, a empresa totalizou 4.998 inspeções, ou seja, uma média de mais de 13,6 inspeções por dia. De acordo com a empresa, a utilização do Sistema de Gestão de Obras de Arte “tem contribuído para a deteção antecipada das necessidades de intervenção” e para uma “atempada resposta” no “reforço e reabilitação das obras de arte”.
“O forte investimento efetuado, totalizando mais de 150 milhões de euros nos últimos cinco anos, traduzindo-se na realização de inspeções a todas as estruturas e na definição de uma estratégia de intervenções programadas, permitiu alcançar uma elevada percentagem de estruturas em bom ou muito bom estado de conservação, resultando em menores necessidades de investimento nos próximos tempos”, concluiu a EP.