Cinco soldados ucranianos foram mortos e 14 ficaram feridos em combates na região leste rebelde pró-russa da Ucrânia, onde um novo cessar-fogo entrou em vigor no domingo, anunciou hoje um porta-voz militar.
Em declarações à agência noticiosa France Presse, o porta-voz disse que a maior parte dos mortos verificou-se nos arredores da cidade de Debaltseve, o ponto mais quente da linha da frente, apesar da trégua instaurada no fim de semana ter sido globalmente respeitada.
Também responsáveis ucranianos e separatistas indicaram hoje que os rebeldes pró russos entraram em Debaltseve, onde estão a combater o exército ucraniano, que procura manter o controlo desta cidade estratégica do leste da Ucrânia desde que entrou em vigor o cessar-fogo.
Fonte separatista citada pela agência russa Interfax afirmou que os rebeldes já tomaram a maior parte da cidade, que se encontrava cercada há várias semanas.
As fontes indicaram que estão a ser usados morteiros, lança-granadas e armas de fogo.
A situação em Debaltseve esteve na segunda-feira no centro das negociações ao mais alto nível, abordada em vários contactos telefónicos do Presidente ucraniano, Petro Poroshenko.
Poroshenko falou com o Presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, o Presidente russo, Vladimir Putin, e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.
No decurso da conversação, Merkel, Putin e Poroshenko decidiram “medidas concretas” para permitir aos observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) vigiarem o cessar-fogo no terreno, anunciou hoje Berlim.
Igualmente preocupados com a situação naquela região estão os Estados Unidos da América, que puseram diretamente em causa o Kremlin, acusado desde há meses de armar os rebeldes pró-russos e deslocar tropas para a Ucrânia.