776kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Centros de saúde atenderam três doentes com gripe por dia no horário prolongado

Este artigo tem mais de 5 anos

Os 63 centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo que alargaram os horários atenderam, nas últimas oito semanas, mais de 9000 doentes com sintomas gripais, à noite ou ao fim de semana.

O centro de saúde de Sete Rios foi o que mais atendimentos fez fora de horas: 968 em oito semanas
i

O centro de saúde de Sete Rios foi o que mais atendimentos fez fora de horas: 968 em oito semanas

Diana Quintela / Global Imagens

O centro de saúde de Sete Rios foi o que mais atendimentos fez fora de horas: 968 em oito semanas

Diana Quintela / Global Imagens

Entre 5 de janeiro e 22 de fevereiro registaram-se 28405 casos de doentes com gripe em 63 centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo. E desses, quase um terço, ou seja, 9069 deslocaram-se a estas unidades de cuidados de saúde primários nos horários alargados de funcionamento, à noite ou ao fim de semana, de acordo com os dados a que o Observador teve acesso.

Analisando os números mais ao detalhe, chega-se rapidamente a uma conclusão: nestes 49 dias de prolongamento de horário, deslocaram-se, em média, 2,9 doentes com gripe por dia a cada um destes centros de saúde.

É que se houve centros de saúde a registar uma elevada procura à noite ou ao fim de semana ao longo destas semanas de extensão dos horários de funcionamento, como foi sobretudo o caso da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Sete Rios, que chegou a atingir um pico de 204 doentes com sintomas de gripe na semana de 19 a 25 de janeiro, a verdade é que em muitos outros centros sobram dedos numa mão quando se tentam contar os casos de gripe registados por semana nesse período de horário alargado.

No Centro de Atendimento e Tratamentos Urgentes de Moscavide e de Póvoa de Santo Adrião, no atendimento complementar da UCSP de Sintra, no centro da Póvoa de Santa Iria, e nos edifícios de S. João do Estoril e de Alcabideche houve mesmo semanas em que nenhum doente com sintoma gripal deu entrada nestes centros fora do horário normal de funcionamento, e mesmo quando foram registados doentes, nunca ultrapassou os cinco por semana.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O maior número de doentes com sintomas gripais deslocou-se a estas unidades de cuidados de saúde primários nos horários prolongados na semana de 19 a 25 de janeiro e desde aí a tendência da procura tem sido decrescente, como pode visualizar no gráfico interativo abaixo, passando com o rato por cima da imagem.

Aliás, o próprio secretário de Estado adjunto da Saúde, Leal da Costa, disse na quinta-feira que “já temos em alguns centros de saúde afluências baixas”, mas referiu-se a “dez doentes numa semana”. A questão é que na região de Lisboa e Vale do Tejo, que foi onde esta medida foi amplamente implementada e anunciada, há muitos centros que na última semana nem chegaram a registar cinco doentes por semana, nesses horários noturnos ou ao fim de semana.

O objetivo do alargamento dos horários de atendimento nos centros de saúde, especialmente na região de Lisboa e Vale do Tejo, mas possibilitado em todo o País, foi fazer face à época gripal e ao aumento da procura das urgências hospitalares, que ditou longas horas de espera. A medida deveria terminar esta sexta-feira, mas ontem, o secretário de Estado adjunto da Saúde, Leal da Costa, anunciou que, “por cautela”, “só depois de consolidados os bons resultados e demonstrada a não necessidade de abertura”, é que “eventualmente” serão reduzidos os horários de funcionamento nos centros de saúde, de acordo com os “dados epidemiológicos”.

Na região de Lisboa e Vale do Tejo os diretores dos agrupamentos de centros de saúde já foram chamados a pronunciar-se sobre a razoabilidade da medida e tinham até esta sexta-feira para se pronunciar se valerá a pena continuarem abertos à noite e/ou ao fim de semana, ou não. O Observador tentou contactar a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo para saber qual o resultado e o que acontecerá daqui em diante, mas sem sucesso.

Assine a partir de 0,10€/ dia

Nesta Páscoa, torne-se assinante e poupe 42€.

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver oferta

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine a partir
de 0,10€ /dia

Nesta Páscoa, torne-se
assinante e poupe 42€.

Assinar agora