Era suposto ter e ser uma piada. Mas, para muitas pessoas, não teve e não foi. Dakota Johnson apresentou pela primeira vez o Saturday Night Live (SNL) no último sábado. Tudo parecia correr bem até a atriz de 25 anos ser protagonista num sketch emitido durante o programa televisivo. Nele, Dakota interpreta uma jovem prestes a deixar a casa onde nasceu e cresceu, com o pai a levá-la ao aeroporto. Depois de uma despedida emotiva, a rapariga diz: “É apenas o Estado Islâmico, pai.”

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O sketch pretende parodiar um anúncio da Toyota Camry que tem um enredo semelhante, mas em que, em vez de a jovem se juntar ao autoproclamado Estado Islâmico, alista-se no exército norte-americano. À falta de nudez no SNL — não fosse Dakota a estrela de As Cinquenta Sombras de Grey — houve controvérsia. A cena que foi exibida perante os pais da atriz — Melanie Griffith e Don Johnson — termina com o pai a pedir a um homem armado que tome conta da sua filha, o qual responde: “Morte aos Estados Unidos da América”.

As reações na internet não foram unânimes, com muitas pessoas a levar o seu descontentamento para as redes sociais, uma vez que a história encenada reflete uma realidade preocupante. Só no ano passado, cerca de 60 mulheres e jovens abandonaram o Reino Unido para integrarem o grupo militar extremista, um problema que as autoridades daquele país dizem ser “cada vez maior”. Na semana passada foi ainda notícia que três raparigas britânicas, e outras quatro provenientes do Canadá, abandonaram as suas casas com o mesmo propósito.

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A polémica que entretanto se instalou é visível na rede social Twitter: enquanto alguns utilizadores confessam não compreender o porquê de tanto burburinho, outros interrogam-se sobre se a brincadeira foi feita cedo demais. Há quem ainda leve o tema a peito e declare que o Estado Islâmico não é uma brincadeira. Veja e decida por si.