Os clientes lesados em papel comercial do Banco Espírito Santo (BES) abandonaram ordeiramente a segunda agência do Novo Banco, que tinham invadido hoje à tarde, após a chegada da PSP.

Passavam cerca de nove minutos das 15:00, quando o gerente da agência do Novo Banco, junto às piscinas municipais de Leiria, pediu aos manifestantes para saírem do espaço, porque estava na hora de encerramento.

Os clientes recusaram abandonar o local, voltando a exigir o pagamento do seu dinheiro. Meia hora depois, um agente da PSP de Leiria entrou na dependência bancária e falou com os manifestantes, explicando-lhes que se não saíssem iriam incorrer “num crime de desobediência”.

Após alguma contestação, os manifestantes foram abandonando o espaço. “Já nos fizemos ouvir, agora saímos ordeiramente”, anunciou um dos organizadores.

Às 15:37 os manifestantes já estavam na rua, prometendo continuar a luta.

Hoje de manhã, cerca de 30 pessoas invadiram as instalações do Novo Banco em Leiria, reclamando os seus direitos e exigindo o dinheiro investido em papel comercial no BES, instituição que veio dar lugar ao Novo Banco.

Perto das 14 horas, o grupo dirigiu-se para outro balcão do mesmo banco, a cerca de 500 metros do primeiro local de protesto.

A 03 de agosto de 2014, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

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