Mais de 5.000 participantes assistem ao encontro, que se prolonga até à próxima quarta-feira, no qual se procura traçar um novo plano de ação para mitigar o impacto dos desastres naturais.

A conferência arranca num dia em que o Vanuatu se viu fustigado pelo ciclone tropical Pam, temendo-se que seja a pior catástrofe natural da história do Pacífico.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou ter-se reunido, esta manhã, com o presidente da pequena nação insular, transmitindo-lhe as “mais profundas condolências” e manifestando a sua solidariedade para com as pessoas afetadas pela tempestade no arquipélago, no discurso de abertura.

“O que estamos a discutir aqui hoje é algo muito real para milhões de pessoas em todo o mundo”, disse.

Os principais objetivos da conferência passam por reduzir os danos em infraestruturas, aumentar o número de nações com estratégias definidas para paliar os efeitos destes fenómenos e também por melhorar os apoios económicos aos países em desenvolvimento, segundo a organização.

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Para que a proteção seja efetiva, deve-se “ajudar os mais pobres a aceder a esses meios”, disse o secretário-geral da ONU, durante a cerimónia de abertura, a qual contou com a presença dos imperadores do Japão, Akihito e Michiko.

Segundo um relatório da agência da ONU para a Redução dos Riscos de Desastres (UNISDR), os prejuízos anuais decorrentes de desastres naturais em todo o mundo cifram-se, em média, entre 250 mil milhões e 300 mil milhões de dólares. O ano de 2011, que incluíu o sismo seguido de tsunami que devastou o Japão, com perdas estimadas em 366 mil milhões foi um ano recorde a esse nível.

Espera-se que o novo plano, cujas conclusões vão ser apresentadas na próxima quarta-feira, estabeleça metas concretas pela primeira vez no sentido de reduzir o número de vítimas e perdas económicas, de modo a que os progressos possam ser avaliados eficazmente.

O Japão, anfitrião da conferência, é um país em que os desastres ocorrem com frequência, pelo que “tem vindo a trabalhar na prevenção de riscos há muito tempo”, assinalou o primeiro-ministro Shinzo Abe.

Durante os cinco dias do evento, e à margem dos plenários, realizar-se-ão mais de 30 sessões de trabalho, bem como reuniões de alto nível cobrindo uma ampla gama de temas relacionados com as catástrofes naturais, bem como cerca de 350 simpósios e seminários promovidos por organizações não-governamentais.

O Japão acolheu as anteriores três conferências sobre desastres realizadas pela ONU.

A primeira teve lugar em Yokohama em 1994, a segunda em Kobe em 2005 e a presente em Sendai, uma das cidades afetadas pelo sismo seguido de tsunami de 2011, a qual acolhe o evento três dias depois do quarto aniversário da tragédia.