A venda de mais de 900 mil ações da PT SGPS na segunda-feira resultou numa menos-valia de 87% para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), calcula o Diário Económico esta quarta-feira. O organismo deixou de ter uma participação qualificada na PT SGPS – isto é, passou a ter menos de 2% do capital da PT – e a venda, a preços de mercado, valeu uma fração do que o FEFSS tinha pago para construir a posição acionista na empresa.

Num dia em que, na bolsa de Lisboa, as ações da PT SGPS negociaram abaixo de 67 cêntimos, o FEFSS vendeu mais de 900 mil ações da empresa que detém uma participação na Oi (dona da PT Portugal) e a dívida do Grupo Espírito Santo, cuja falha de pagamento pressionou as ações da PT ao longo do último ano.

O Diário Económico, que calcula que o preço médio da posição acionista fosse de 5,39 euros, já tinha noticiado em meados de janeiro que, com as ações a 61 cêntimos na bolsa, a perda potencial ascendia a perto de 100 milhões de euros.

Apesar da descida das ações da PT, a carteira de investimentos do FEFSS teve um ano positivo em 2014, subindo 12,68% muito graças à valorização dos principais mercados de obrigações do Tesouro de Portugal e de outros Estados.

O FEFSS é uma entidade autónoma da Segurança Social que tem por objetivo assegurar a estabilização financeira da Segurança Social, designadamente cobrindo as despesas previsíveis com pensões por um período mínimo de dois anos.

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