A floresta tropical da Amazónia já perdeu muita da sua capacidade de absorver os gases com efeito de estufa causadores das alterações climáticas, informaram cientistas na quarta-feira.

Nos anos 1990, esta grande floresta foi capaz de absorver tanto quanto dois mil milhões de toneladas de dióxido de carbono em cada ano, adiantaram, em artigo publicado na revista Nature.

Agora, esta capacidade foi reduzida a metade e pela primeira vez foi superada pelas emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis na América Latina.

A conclusão resulta de um estudo, feito ao longo de 30 anos, que juntou quase uma centena de investigadores a trabalhar em oito países.

A investigação decorreu em 321 pontos na floresta, nos quais foram medidas 200 mil árvores, bem como as mortes e os crescimentos das novas.

Os cientistas detetaram um crescimento preocupante na taxa da mortalidade das árvores através da Amazónia.

“As taxas de mortalidade das árvores aumentaram mais de um terço desde meados dos anos 1980, o que está a afetar a capacidade da Amazónia de armazenar carbono”, disse Roel Brienen, da Universidade de Leeds, no norte do Reino Unido, que está a liderar a investigação.

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