O PSD e o CDS-PP chumbaram no parlamento quatro projetos de resolução de PS, PCP e BE que recomendam ao Governo o reforço dos meios humanos e materiais do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

No debate em plenário, na quinta-feira, as bancadas da maioria acusaram a oposição de alarmismo e rejeitaram que o INEM esteja “numa situação de rutura”, alegando que os meios humanos e materiais têm sido reforçados.

Por outro lado, a deputada bloquista Helena Pinto afirmou que faltam atualmente 279 técnicos ao INEM e que a proposta do Governo “fica muito abaixo das necessidades”.

“A situação que se mantém não pode continuar, é uma perfeita irresponsabilidade”, considerou Helena Pinto, que disse haver muitos técnicos em situação “de extremo cansaço” e uma realização excessiva de turnos extraordinários.

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No mesmo sentido, a deputada do PCP Carla Cruz advertiu que estes “problemas de carência” são apontados “pelas estruturas representativas dos trabalhadores” do INEM e “pelos conselhos de administração”, referindo-se a declarações recentes do diretor do Hospital de Barcelos.

A comunista criticou ainda a decisão do Governo, “imposta em abril de 2014”, que “obriga todos os profissionais a prestarem emergência médica independentemente das suas escalas” nos hospitais.

Luísa Salgueiro, deputada do PS, afirmou que o INEM é “uma entidade reconhecida” que deve “funcionar normalmente” e não “ser notícia pelas piores razões”, como a diminuição da operacionalidade ou a falta de recursos humanos.

A socialista criticou ainda o atual diretor do INEM, motivo “de capa de jornal e sempre pelas piores razões”, afirmando que o seu partido aguarda o resultado do inquérito para averiguar o alegado transporte de uma pessoa amiga de helicóptero.