Elas são mais, mas eles também aquecem o corpo. Esticam pernas, braços, costas e todos os músculos do corpo antes de atuarem no Campeonato Mundial de Pole Dance, que decorre este sábado e domingo, 11 e 12 de abril, em Pequim (China).

A modalidade é conhecida em Portugal como “dança do varão”. Na apresentação do evento, os responsáveis garantem que os bailarinos podem “expressar as suas capacidades num ambiente seguro e sem julgamentos”. E porquê esta ressalva? Porque a “dança do varão” ainda é associada aos bares de striptease e ao show sexual.

“A dança do varão precisa tanto de técnica como a ginástica e a acrobacia, e o nível de dificuldade é ainda maior”,defende Ke Hong, membro da equipa chinesa, à AFP. Ke Hong treina cerca de oito horas por dia na barra. “Na primeira semana perguntava-me se não seria melhor desistir” confessa, conta a Daily Nation. Os bailarinos defendem mesmo que a modalidade possa ser integrada nos Jogos Olímpicos. A reivindicação já tem alguns anos, até agora sem sucesso.

São mais de 50 atletas a competir em Pequim. Dez são homens. Só há duas regras para participar: ter mais de 18 anos e “muita paixão pelo pole dance”. Os bailarinos podem dançar sozinhos ou a par. Chegam de quatro continentes e de de dez países, desde Itália à Argentina, até à Rússia ou Chile. Não há um único candidato português no concurso.

A AFP salienta que a dança do varão tem ganho muitos adeptos nos últimos dez anos, tal como o zumba ou a dança do ventre, exemplificam. “Milhares de clubes abriram portas por todo o mundo, incluindo mais de 500 só nos Estados Unidos”, referem.

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