O fundador do Cirque du Soleil, Guy Laliberté, estará prestes a vender a empresa à Texas Pacific Group (TPG), uma companhia de consórcios que investe em empresas que não estão cotadas em bolsa. O preço deve rondar os 1,5 mil milhões de euros. A notícia é dada pelo Wall Street Journal.

A venda do Cirque du Soleil significará que o espetáculo deixará de estar sob controlo da família de artistas circenses que a fundou e dos atuais artistas da casa, como agora acontece, para passar para as mãos do investidor que a comprar.

Até agora, o consórcio da TPG, que inclui o China’s Fosun Capital Group, está na linha da frente para comprar a empresa. Mas existem rumores de que a Caisse de Dépôt et Placement du Quebec também estará em negociações e ainda pode entrar na corrida.

Laliberté manterá uma participação de 10% e um lugar na direção da empresa.

Se a venda ao TPGse concretizar, o Cirque du Soleil será dirigido por três empresas que pretendem “marcar o fim de uma era”, nas palavras de Patrick Leroux, professor na Universidade de Concordia e antigo estudante do circo. A Caesars Entertainment Group, na pessoa de Mitch Garber, assumirá o comando do Cirque ao lado do atual chefe executivo do Cirque du Soleil, Daniel Lamarre. Esta empresa – que detém alguns casinos – é reconhecida pelo ciclo de jogos World Series of Poker.

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Creativa Artists Agency responsabilizar-se-á pelo espetáculo, fazendo-se valer dos contactos que estabelece com nomes sonantes do mundo das artes para criar novas exibições.

Fosun Capital Group terá a missão de promover o Cirque du Soleil na Ásia.

As exibições do Cirque du Soleil começaram em 1984, quando Laliberté – cuspidor de fogo e acordeonista – pediu dinheiro emprestado a amigos para atuar com um grupo que havia criado. O negócio cresceu, mas quando Laliberté completou 55 anos passou o testemunho para Daniel Lamarre.

Apesar de o Cirque du Soleil ter continuado bem-sucedido em tempos de crise, alguns espetáculos começaram a receber críticas negativas. Em 2012, a empresa não apresentou lucros, o que obrigou a cortes nas despesas, despedimentos e reestruturações no plano de negócios.