O vice-primeiro-ministro português considerou esta terça-feira, em Lisboa, que a transportadora aérea TAP é “um tesouro” e que não há “uma greve irresponsável que possa pôr isso em causa”. Paulo Portas respondia aos jornalistas no final de um encontro com o vice-presidente brasileiro, Michel Temer.

“A TAP é uma grande marca, é uma das maiores companhias europeias a voar para a América Latina, tem cerca de 80 voos semanais para diferentes cidades brasileiras e, por isso mesmo, é um tesouro que todos devemos acarinhar, tem uma grande relação com o mundo lusófono (…) Não há greve irresponsável que possa pôr isto em causa”, sublinhou.

Sobre a privatização da TAP, o vice-presidente brasileiro afirmou que o governo tem “incentivado as empresas brasileiras a participar”, mas “esta é uma questão de natureza privada”.

“No ângulo do governo, temos conversado com as empresas brasileiras no sentido de as entusiasmar para esta privatização. Não temos o poder da exigência por ser uma questão de natureza privada”, disse.

“Se as empresas brasileiras puderem participar, com a TAP sentir-se-ão em casa (…) há uma integração extraordinária entre a aviação portuguesa e o turismo, porque isto naturalmente incrementa o turismo entre o Brasil e Portugal”, sublinhou.

Reunidos em assembleia-geral, os pilotos da TAP decidiram na quarta-feira anunciar uma paralisação para o período de 01 a 10 de maio, seguido na quinta-feira de um anúncio idêntico dos pilotos da PGA – Portugália, pertencente ao mesmo grupo.

 

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