A Polícia Federal brasileira constituiu 30 arguidos em sete inquéritos sobre a participação de três ex-parlamentares do país dos desvios na petrolífera Petrobras investigados pela Operação Lava Jato.
A 11ª fase da operação, que resultou na prisão do ex-deputado André Vargas no dia 10 de abril, foi realizada para apurar crimes de fraude, branqueamento de capitais, corrupção e associação criminosa.
Além de Vargas, expulso do Partido dos Trabalhadores (PT, de Dilma Rousseff) em dezembro de 2014, foram investigados os ex-deputados Luiz Argôlo (do Partido Solidariedade) e Pedro Corrêa (do Partido Progressista).
O ex-deputado do PT é um dos suspeitos constituídos como arguidos (chamados no Brasil de indiciados) nesse inquérito, segundo a imprensa brasileira.
O doleiro (que faz operações ilegais com a moeda norte-americana) Alberto Yousseff afirmou que dois ex-ministros do Governo de Rousseff sabiam da corrupção na Petrobras, num depoimento prestado na Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados, que investiga o caso.
Yousseff, que fez um acordo com as autoridades brasileiras para prestar informações em troca de uma possível redução de pena, citou os nomes do ex-ministro da secretaria-geral da Presidência Gilberto Carvalho, e das Relações Institucionais Ideli Salvati, e confirmou ter usado dinheiro da Petrobras nas campanhas políticas em 2010. Os ex-ministros negaram a participação no esquema.
A Procuradoria-Geral da República informou, segundo a imprensa brasileira, que irá solicitar à Petrobras 157 milhões de reais (46 milhões de euros) referentes à devolução de dinheiro obtido em crimes de corrupção pelo ex-gerente da empresa Pedro Barusco.