À primeira vista, esta fotografia dos Himalaias apela pela sua beleza. Mas se olharmos com atenção para o horizonte, encontramos duas montanhas “transparentes”.
A fotografia foi tirada por Thomas Carlson, um cientista ótico, numa visita que fez aos Himalaias. Ficou tão surpreendido e intrigado com a ilusão visual da fotografia que decidiu fazer uma investigação. “Tínhamos terminado um longo dia de caminhada e eu estava exausto. A impossibilidade de ver uma montanha transparente [numa fotografia] captou prontamente a minha atenção”, lê-se no ensaio. “Mais do que a sua evidente beleza, o que eu achei maravilhoso é como a ilusão combina vários princípios da percepção visual de uma vez”, acrescentou.
De acordo com o ensaio, publicado pelo jornal i-Perception, o fenómeno pode ser explicado pela forma como a atmosfera dissemina a luz, o que faz com que as montanhas pareçam mais pálidas e transparentes. A ilusão acontece quando as duas montanhas distantes de cruzam, produzindo uma região mais negra.
De acordo com o “princípio do alinhamento” (Principle of Good Continuation), o cérebro liga as linhas da maneira mais simples possível. É por isso que se fica com a sensação de estar perante uma montanha transparente, quando na verdade é só o pico de uma das montanha.
Este é só um dos muitos exemplos das ilusões visuais criadas pelo “principio do alinhamento”. Um dos mais famosos exemplos está no Triângulo de Kanizsa. Basta olhar para a imagem para encontrar dois triangulos sobrepostos, apesar da inexistência destas figuras.