Apesar do nome, “1 século de energia”, o último trabalho de Manoel de Oliveira, é um documentário de apenas 12 minutos que serve de arranque para uma campanha institucional da EDP. A obra, por insistência do próprio realizador, não ficará contudo limitada à comunicação da empresa e será exibida em dez cidades portuguesas.

Braga, Porto (sede da EDP), Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa (museu de eletricidade), Setúbal, Évora, Faro, foram as cidades eleitas, sendo que o filme será mostrado na fachada dos edifícios das câmaras municipais para responder à sugestão do realizador que pediu a sua exibição ao público numa parede branca.

O ponto de partida da curta-metragem, exibida pela primeira vez esta segunda-feira na nova sede da eléctrica em Lisboa (ainda por inaugurar), é um documentário realizado pelo próprio Manoel de Oliveira em 1932, chamado de Hulha Branca, a propósito da central hídrica de Ermal (Rio Ave), da qual o seu pai foi fundador, e de uma fábrica de lâmpadas Hércules.

No filme que explora a evolução da energia e a ligação familiar, o realizar centra-se nas formas de energia limpas (renováveis), com a hídrica a ser protagonista de uma história onde surgem também a eólica e a fotovoltaica. Neste século da energia não aparecem centrais a carvão, nem outras unidades térmicas de produção de energia, associadas à emissão de CO2.

O realizador aceitou realizar o documentário, que segundo a EDP foi a primeira campanha de publicidade realizada por Manoel de Oliveira, com a participação do neto, Ricardo Trêpa. A partir do documentário foi desenvolvida a nova campanha da empresa, “1 Século de Energia”, também com a assinatura do cineasta, que morreu na fase de pós-produção. Associada a esta iniciativa, a elétrica vai lançar uma bolsa EDP Manoel de Oliveira para cineastas e ainda oferecer o fornecimento de eletricidade e gás a uma família que seja cliente da EDP Comercial e que vença o prémio para o melhor vídeo sobre a excelência familiar.

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