A curta-metragem documental do cineasta tem o título “Um século de energia” e vai fazer parte do conjunto dos materiais promocionais da companhia, como referência da sua nova campanha publicitária. O filme retoma imagens de “Hulha branca”, uma curta-metragem de oito minutos, dirigida por Oliveira para a Hidroelétrica de Portugal, sobre a inauguração da central do Ermal, em Guilhofrei, Rio Ave, em 1932. Oliveira combina estas imagens a preto e branco com outras, filmadas entre o final do ano passado e o início deste ano.

“Hulha branca”, que Oliveira assinou com os seus outros apelidos – Cândido Pinto -, sucedeu a “Douro, fauna fluvial”, o filme de estreia do realizador, e nunca foi apresentado comercialmente. Teve as primeiras e únicas exibições públicas na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, e no Teatro Rivoli, no Porto, em retrospetivas de 1998 e de 2008, que assinalaram, respetivamente, os 90 anos e os 100 anos do cineasta.

Hoje à tarde, a par da apresentação de “Um século de energia”, serão exibidas imagens da sua produção e rodagem.

Manoel de Oliveira morreu há dois meses, aos 106 anos, na sua casa, no Porto. Era o decano dos cineastas, tendo sido distinguido, entre outros, com uma Palma d’Ouro de Honra, do festival de Cannes, e um Leão de Ouro de Carreira, em Veneza. “O Velho do Restelo” foi o último filme que estreou, uma reflexão sobre a vida, na qual participaram os atores com quem mais trabalhou – Diogo Dória, Luís Miguel Cintra e Mário Barroso, além de Ricardo Trêpa.

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