É a segunda vez que o concurso para a seleção do diretor-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira tem de ser relançado por não concorrerem pelo menos três candidatos com mérito suficiente para o cargo. Apesar dos 20 candidatos, a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) não encontrou três candidatos com qualidade, tendo por isso anulado o procedimento. Fonte da Cresap adiantou à agência Lusa que o concurso terá de ser repetido para dar nova oportunidade a concorrentes mais qualificados.
Em causa está a substituição de António Brigas Afonso que se demitiu na sequência do caso da lista VIP de contribuintes. A escolha do diretor agora demissionário também tinha sido difícil e obrigado à realização de um segundo concurso. Mais uma vez porque no primeiro procedimento, a Cresap não considerou existirem três candidatos com mérito para sucederem a Azevedo Pereira. Brigas Afonso só foi escolhido após o segundo concurso.
A Cresap informou o membro o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio do resultado do concurso, pelo que o aviso de abertura do concurso terá de ser repetido, para se dar oportunidade para encontrar três candidatos com mérito, adiantou a entidade responsável pelas contratações do Estado.
Depois da demissão do anterior diretor-geral, António Brigas Afonso, o Governo nomeou no final de março a então diretora da Direção de Finanças de Lisboa, Helena Borges, para assumir em substituição a liderança da AT e solicitou a abertura do concurso para aquele cargo.
Ainda na sequência do caso da lista VIP, também apresentou demissão o subdiretor-geral da área da Justiça Tributária e Aduaneira. A Cresap já apresentou ao Governo três nomes para o cargo: Acácio Carvalhal Costa, Ana Cristina de Oliveira Carmona Bicho e Joaquim Manuel Pombo Alves.