A REN fechou o primeiro semestre com um lucro de 75,3 milhões de euros, mais 29,2% do que no período homólogo, impulsionado pelo encaixe de um crédito fiscal de cerca de dez milhões de euros.
A empresa liderada por Rodrigo Costa viu o resultado líquido aumentar em 17 milhões de euros, em grande parte resultante da incorporação de 9,9 milhões de euros relativos a uma imparidade fiscal que foi agora reconhecida nas contas da empresa, ainda relativa à separação dos ativos entre a REN e a EDP em 1994.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a REN explicou ainda que o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, apreciações e amortizações) atingiu os 254,3 milhões de euros, uma subida de 0,8% face a idêntico período de 2014, beneficiando em 20,1 milhões de euros da venda no primeiro trimestre da participação na Enagás.
Em contrapartida, foi penalizada pelas alterações regulatórias introduzidas para o triénio 2015-2017 no sector elétrico, nomeadamente pela evolução das taxas de juro e respetivo impacto no mecanismo de indexação que estabelece o valor da taxa de remuneração dos ativos, refere.
No mesmo período, o investimento da REN atingiu os 98,7 milhões de euros, que compara com os 36 milhões de euros investidos no período homólogo, que reflete a compra dos ativos de armazenagem de gás à Galp Energia, que resultou num acréscimo de 2,2% na base de ativos regulados, que atingiu os 3.558,8 milhões de euros.
A dívida líquida subiu ligeiramente para os 2.494 milhões de euros no primeiro semestre de 2015, mais 1,7% em relação ao período homólogo de 2014.