A bolsa de Xangai, que lançou o pânico mundial nos mercados na segunda-feira, encerrou a sessão de hoje a perder 7,63%, um dia depois de ter “afundado” 8,49%, naquela que foi a maior queda em oito anos registada no volátil mercado de capitais da China.

O Índice Composite de Xangai fechou a recuar 244,94 unidades (7,63%), cotando-se nos 2.964,97 pontos, ficando pela primeira vez desde dezembro de 2014 abaixo da marca dos 3.000 pontos.

A praça financeira de Xangai arrancou hoje em baixa de 6,41%, mas chegou a moderar ligeiramente as perdas que, a meio da sessão, tinham recuado para 4,32%. Contudo, a quebra voltaria a acentuar-se no encerramento. A bolsa de Shenzhen, a segunda da China, também fechou no “vermelho”, sofrendo um “tombo” de 7,09%, até aos 1.749,07 pontos.

As fortes quedas no mercado bolsista da China, num contexto de desaceleração económica do país, alastraram-se rapidamente às principais praças financeiras da Ásia, depois à Europa e, por fim, a Wall Street.

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Também a bolsa de Tóquio encerrou a sessão em forte baixa, com o principal índice, o Nikkei, a perder 733,98 unidades, ou 3,96%, cotando-se nos 17.806,70 pontos. Também o segundo indicador, o Topix, fechou a recuar 48,22 unidades (3,25%), até aos 1.432,65 pontos.

Depois de abrir com perdas de quase 2%, o Nikkei conseguiu uma notável recuperação, invertendo o desempenho negativo, ao registar, a meio da sessão, ganhos que chegaram a atingir 1,5%.

O sinal positivo enviado antes da pausa para almoço foi interpretado como um resultado da depreciação do iene face ao dólar norte-americano, dado que beneficia os exportadores japoneses, e à reação do Governo japonês que, adotando uma postura “serena”, terá ajudado a tranquilizar um pouco os investidores.

Na “segunda-feira negra” – provocada pelas acentuadas quedas no mercado bolsista da China, que contagiaram as principais praças financeiras do mundo, o Nikkei sofreu um “tombo” de 4,6%, caindo para o valor mais baixo dos últimos seis meses, valor que voltou a ser batido hoje na sexta sessão consecutiva no “vermelho”.

*Atualizado com os dados do encerramento dos mercados bolsistas asiáticos