O Barclays vai vender a sua unidade portuguesa ao banco espanhol Bankinter pelo valor de 300 milhões de euros – menos do que o valor contabilístico do banco.

A venda da unidade portuguesa de banca de retalho, escreveu o Sunday Times, inclui 85 sucursais, com operações na banca comercial e empresarial, mas irá excluir o banco de investimento e operações de cartões de crédito.

A alienação surge no âmbito de um plano de corte de custos do Barclays. Já em maio de 2014, o antigo presidente-executivo, Anthony Jenkins, assumiu a intenção de vender as operações de banca de retalho na Europa continental. Já o atual chefe-executivo do banco britânico, John McFarlane, garantiu que queria acelerar a venda as operações de banca de retalho que trazem mais prejuízo, explica a Bloomberg.

A unidade portuguesa vendida teve um prejuízo antes de impostos de 22,3 milhões de euros no primeiro semestre de 2014, após valores negativos em três anos consecutivos.

Já se previa em julho, quando as entidades estavam em “negociações avançadas”, que a venda seria menor do que o valor contabilístico do banco, ou seja, menos do que aquele valor que se estima que os investidores poderiam receber se liquidassem os ativos da empresa. No relatório anual da casa-mãe, o Barclays PLC, o banco escreveu que “as perspetivas de crescimento nos países do sul da Europa continuam frágeis e suscetíveis de choques externos”.

O Barclays vendeu as operações em Espanha ao CaixaBank em setembro de 2014.

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