O instituto que gere o crédito público português contratou um conjunto de bancos para que estes promovam uma emissão de dívida a sete anos, num regresso às emissões sindicadas de dívida pública que passará pela colocação de obrigações do Tesouro a reembolsar daqui a sete anos.
A informação foi avançada ao início da tarde desta terça-feira pela agência Bloomberg, que cita fontes próximas do processo que dizem que o BNP Paribas, o JP Morgan, a Morgan Stanley, o Nomura e o Novo Banco foram contratados para gerir a operação.
Não há ainda indicação sobre quando a operação irá acontecer (normalmente é no dia seguinte à notícia da contratação do sindicato bancário), nem sobre o montante de financiamento que a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) pretende obter.
Desde final de abril que o Tesouro português não faz uma emissão sindicada, que se distingue de um leilão porque o conjunto de bancos contratados fica encarregado, nas vésperas da operação, de comercializar e aferir o interesse pelos títulos para depois, no dia da operação, gerir os custos de financiamento, os montantes e os investidores a quem quer vender. Num leilão, a emissão de dívida acontece sem trabalho prévio e os títulos são vendidos aos investidores interessados, tendo os primary dealers (operadores de mercado primário) a actuarem como intermediários.