As forças de segurança egípcias mataram a tiro, por engano, 10 turistas e dois guias que os acompanhavam num deserto na zona oeste do Egito, quando perseguiam um grupo de alegados terroristas. Entre os mortos estão turistas mexicanos e egípcios.
Segundo as autoridades egípcias, as forças de segurança abriram fogo contra uma caravana de quatro carros todo-o-terreno durante a noite de domingo. No entanto, ao contrário do que esperavam as forças egípcias, nesta caravana seguia um grupo de turistas oriundos do México e não o grupo terrorista que procuravam.
No ataque morreram 12 pessoas, entre as quais dois guias egípcios, e ficaram feridas outras 10.
As autoridades egípcias, num curto comunicado, confirmaram o incidente e o número de mortos e feridos, adiantando que os feridos foram transportados para o hospital para tratamento.
No mesmo comunicado, as autoridades dizem que tinham a convicção que a caravana estava a ser utilizada para transportar terroristas e que o grupo estava numa zona de acesso proibido.
“Foi constituído um grupo de trabalho para apurar as causas e as circunstâncias do incidente, assim como a razão para a presença de um grupo de turistas numa região de acesso proibido”, diz o comunicado.
O Governo egípcio insiste que a presença dos turistas naquela região, perto do Oásis de Bahariya, era ilegal e que o grupo não tinha as autorizações necessárias.
Quem reagiu de imediato foi o Presidente do México, Enrique Peña Nieto, que condenou a morte dos cidadãos mexicanos e pediu uma investigação profunda ao sucedido.
México condena estos hechos en contra de nuestros ciudadanos y ha exigido al gobierno de Egipto una exhaustiva investigación de lo ocurrido.
— Enrique Peña Nieto (@EPN) September 14, 2015