A Caixa Capital e a Impresa venderam as posições que detinham na Nonius Software aos empreendedores que lançaram a empresa. Os valores da operação da Caixa não foram divulgados, mas a sociedade de capital de risco do grupo Caixa Geral de Depósitos adianta que obteve um “retorno superior a 50% do investimento”.
Já a Impresa comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que alienou 14,7% do capital social da Nonius por 1,5 milhões de euros, o que valoriza a empresa tecnológica em mais de 10 milhões de euros.
“Histórias de sucesso como a Nonius são um testemunho de grandes feitos que podem ser alcançados quando investidores e empreendedores trabalham conjuntamente na execução dos objetivos traçados. Estou muito contente por ter feito parte deste projeto e desejo à equipa da Nonius e em particular aos fundadores um futuro com muito sucesso”, disse Stephan Morais, administrador executivo da Caixa Capital, em comunicado.
As soluções tecnológicas disponibilizadas pela Nonius permitem que os operadores hoteleiros ofereçam serviços digitais, como televisão interativa, aos hóspedes.A tecnologia está presente em mais de 110 mil quartos de hotéis em 26 países distribuídos pela Europa, Médio Oriente, África e América Latina. Em 2004, a empresa fez mais de 7 milhões de euros em vendas.
A empresa foi lançada em 2005 pelo fundadores António Silva e Leonel Domingues, mas a Caixa Capital só investiu em 2011, para colaborar na expansão internacional da empresa. “Desde da entrada da Caixa Capital, a Nonius gerou receitas anuais 4x superiores e aumentou significativamente o seu lucro, afirmando-se como um dos principais players globais na indústria em que está presente”, lê-se no comunicado.
No comunicado divulgado pela Impresa, pode ler-se que a operação se deveu a alienou “uma reorganização societária da Nonius, que vai permitir [à empresa tecnológica] reforçar a sua capitalização e começar um novo e ambicioso ciclo de crescimento, de forma consistente e sustentada”.
Os fundadores aumentaram assim a participação que detinham no capital da empresa e criaram uma nova estrutura acionista, onde o capital de risco deu lugar a ações privadas.
