Oitenta e nove anos. Há 89 anos que o vestido preto entrou numa revista de moda para nunca mais sair. Foi em 1926, numa edição da Vogue norte-americana, na altura em que as capas ainda eram ilustradas com modelos ainda mais esguias do que as de hoje, de carne (pouca) e osso. A Vogue publicou um esboço de um vestido preto desenhado por Coco Chanel e tornou-se evidente que o entretanto batizado LBD — little black dress, não era apenas para as mulheres vestirem nos funerais e nos dias de luto.
Chanel não inventou o vestido preto, mas o design simples e ao mesmo tempo elegante que lhe deu projetou-o para o futuro, como se lê no livro Coco Chanel: The Legend and the Life, de Justine Picardine. Visionária em relação a tantos outros tabus da moda, a designer francesa tornou popular o que até aí era uma peça tristonha.
#tbt Fashion History – The little black dress made its debut in May 1926, with a drawing in Vogue by "Coco" Chanel. pic.twitter.com/IqrPqA98Rv
— FWLA (@FWLA) September 3, 2015
Não foi a única a contribuir para a fama que em Portugal daria origem à expressão “com um vestido preto não me comprometo”. Como recorda a Elle, ninguém esquece a imagem de Audrey Hepburn com um vestido comprido Givenchy, luvas e colar de pérolas no filme Breakfast at Tiffany’s.
Clássico ou não tanto, o LBD é uma espécie de uniforme que devia estar em qualquer guarda-roupa feminino. Mais descontraído ou próprio para uma festa, com ténis ou sapatos de salto alto, por baixo de blusões ou por cima de camisolas, é uma tela cujo resultado varia muito consoante o styling. Uma tela em preto, neste caso, como pode ver na fotogaleria.