O presidente chinês, Xi Jinping, disse na terça-feira que a China se opõe a uma “depreciação competitiva” das moedas e a uma guerra cambial, frisando que o país não irá desvalorizar o yuan para estimular as exportações.

Em agosto passado, a moeda chinesa baixou sucessivamente 1,9%, 1,6% e 1,1% face ao dólar norte-americano, na maior descida do género em mais de duas décadas.

Xi iniciou na terça-feira a sua primeira visita oficial aos Estados Unidos da América desde que assumiu a liderança da China, com uma agenda que inclui encontros diplomáticos, de negócios e uma receção na Casa Branca.

No dia 24, o presidente chinês viaja para Washington, na véspera de ser recebido na Casa Branca pelo seu homólogo, Barack Obama.

O encontro entre os líderes das duas maiores economias do mundo ocorre num período de crescente tensão bilateral, face à construção por Pequim de ilhas artificiais nas disputadas águas do Mar do Sul da China.

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Um outro “atrito” diz respeito à revelação pelo Governo norte-americano de que piratas informáticos acederam a dados pessoais de pelo menos quatro milhões de funcionários públicos atuais e antigos.

“A China é um acérrimo defensor da cibersegurança”, disse Xi durante um discurso em Seattle, na costa oeste dos Estados Unidos, ponto de partida de um périplo que termina no dia 28 em Nova Iorque.

Hoje, Xi jantará em casa do fundador da Microsoft, Bill Gates, estando ainda prevista uma visita às instalações da construtora aeronáutica norte-americana Boeing e reuniões com altos executivos, como o chefe da Apple, Tim Cook.

O comércio entre a China e os EUA alcançou 555 mil milhões de dólares (490 mil milhões de euros), em 2014, segundo fontes chinesas, enquanto no conjunto os dois países compõem quase dois quintos da economia mundial.