O presidente do Irão, Hassan Rohani, apelou hoje à realização de um inquérito aos trágicos acontecimentos de quinta-feira, em Mina, próximo de Meca, na Arábia Saudita, que provocaram pelo menos 769 mortos, 130 deles iranianos.

Numa intervenção na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, durante os trabalhos da Cimeira sobre Desenvolvimento, Rohani lamentou a tragédia e frisou ser necessário dar “rapidamente atenção” aos mais de 930 feridos durante a debandada que, por razões ainda por determinar, provocou os incidentes durante a peregrinação a Meca.

As declarações do chefe de Estado iraniano surgem numa altura em que as relações entre o Irão e a Arábia Saudita estão particularmente tensas, sobretudo devido ao conflito no Iémen.

O conflito no Iémen e também na Síria estarão no centro das atenções da Assembleia Geral das Nações Unidas, que arranca segunda-feira, logo após terminar a cimeira sobre desenvolvimento e sobre as alterações climáticas.

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Na intervenção, hoje, Rohani manifestou-se contra os extremismos violentos, que, considerou, “matam as aspirações” de combate à pobreza e as iniciativas de luta contra as alterações climáticas no Médio Oriente.

“Os grupos terroristas ameaçam os objetivos de desenvolvimento sustentável”, lamentou o presidente iraniano, aludindo aos 17 objetivos e 169 metas preconizadas na Agenda Pós-2015.

Além de discursar nas Nações Unidas, Rohani efetua a primeira visita aos Estados Unidos depois da conclusão do acordo nuclear, mas não tem previsto qualquer encontro com o seu homólogo norte-americano, Barack Obama, à margem da Assembleia Geral da ONU.