O principal líder religioso da Arábia Saudita, o xeque Abdul Aziz al-Sheik, afirmou que a debandada que matou 717 peregrinos em Mina, nos arredores de Meca, estava além do controlo humano, divulgou, este sábado, a imprensa local. Este incidente, o pior em 25 anos, ocorreu durante a peregrinação de fiéis muçulmanos à Arábia Saudita, que provocou ainda mais de 800 feridos, tendo as autoridades de segurança do país recebido duras críticas.

“Ninguém pode ser responsabilizado pelo que aconteceu”, disse o xeque Abdul Aziz al-Sheik ao príncipe Mohammed bin Nayef durante uma reunião, na sexta-feira, divulgou a agência oficial de notícias SPA. “Quando há coisas que os humanos não podem controlar, você não pode ser culpado por elas. O destino é inevitável”, disse Sheik ao príncipe, que também é ministro do Interior da Arábia Saudita.

Mohammed preside a comissão saudita do hajj (peregrinação a Meca e Medina) e ordenou uma investigação sobre a debandada de quinta-feira, que aconteceu durante a festividade do “apedrejamento do diabo” por centenas de milhares de peregrinos em Mina, nos arredores da cidade sagrada de Meca.

O rei Salman, cujo título oficial é “guardião das duas mesquitas sagradas” em Meca e Medina, também ordenou uma “revisão” na forma como o hajj é organizado.

Abdullah al-Sheikh, presidente do conselho Shura, um organismo nomeado que aconselha o governo, sublinhou que os peregrinos devem manter “as regras e regulamentos indicadas pelos agentes de segurança (…), ao fazê-lo, protegem suas vidas, a sua segurança e facilita a realização dos rituais”.

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