Onze migrantes, incluindo seis crianças, morreram afogados este domingo quando o barco onde seguiam naufragou junto à ilha grega de Samos. Segundo a guarda costeira helénica, a grande maioria das vítimas ficou presa na cabine do navio na altura no acidente.

“Recuperámos 11 corpos, 10 dos quais estavam presos no interior da cabine do navio”, informou um oficial da guarda costeira grega, citado pela agência Reuters. Entre as vítimas, estão quatro bebés, duas crianças e quatro mulheres.

O número de vítimas mortais só não foi maior porque as autoridades gregas conseguiram resgatar outras 15 pessoas que seguiam na embarcação de seis metros. O naufrágio aconteceu junto à costa da ilha grega de Samos, no Mar Egeu. As operações de busca e salvamento continuam, numa altura em que ainda falta descobrir o paradeiro de duas pessoas que estavam no navio.

Polícia Marítima portuguesa resgatou 63 pessoas no Mar Egeu 

Este naufrágio aconteceu no mesmo dia em que a Polícia Marítima portuguesa conseguiu resgatar 63 pessoas de uma embarcação que se encontrava em risco de naufragar junto à ilha de Lesbos, na Grécia. Em comunicado, a Polícia Marítima revela que dos 63 migrantes, 21 eram crianças, escreve a Lusa.

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Até à data, os agentes portugueses estiveram envolvidos em 13 missões de busca e salvamento, tendo resgatado do Mar Egeu 548 pessoas, incluindo 116 crianças.

De acordo com a agência Reuters, o número de mortes por afogamento entre os refugiados que tentam atravessar o Mar Egeu desde a Turquia até à Grécia aumentou nas últimas semanas. Com a chegada do outono, vieram também os ventos fortes e as temperaturas baixas, o que torna ainda mais difícil a já de si perigosa travessia.

Ainda segundo a mesma agência de notícias, a Grécia tem sido a rota de fuga para mais de 570.000 refugiados que tentam escapar dos conflitos que assolam o Médio Oriente. Alexis Tsipras e as autoridades gregas já disseram várias vezes que o país não tem condições para responder ao crescente fluxo de refugiados.

Já em agosto, Vincent Cochetel, diretor para a Europa do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), deixava um alerta: se não houver uma resposta rápida e concreta à crise humanitária que se instalou naquela região, o problema pode tomar dimensões ainda maiores.

As ilhas gregas não têm “infraestruturas de receção” capazes de acolher o grande número de refugiados que procura abrigo na Grécia e, quando as têm, estão completamente lotadas. Muitos dos refugiados e migrantes são então obrigados a acampar ao ar livre, sem condições sanitárias ou água potável, revelava Cochetel nessa altura.