O presidente do BCP é contra uma nova recapitalização do Novo Banco feita pelo Fundo de Resolução. “Penso que não é uma boa ideia o Fundo de Resolução recapitalizar o Novo Banco, mas não tenho informação suficiente”, adiantou Nuno Amado esta segunda-feira durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre do BCP. 

“O banco precisa de um processo de reestruturação para ser mais leve como os outros bancos fizeram. É o único caminho possível”, defendeu ainda Nuno Amado.

O Novo Banco irá precisar de reforçar a solidez financeira, na sequência dos testes de stress europeus. Com a suspensão do processo de venda, em setembro, a recapitalização terá de ser feita com o banco ainda sob a alçada do Fundo de Resolução.

O Fundo de Resolução é uma entidade pública que passou a ser acionista do banco que resultou da resolução do Banco Espírito Santo (BES). Foi esta entidade que injetou 4900 milhões de euros no capital do Novo Banco. No entanto, a responsabilidade financeira pertence aos bancos que são subscritores do Fundo. Quanto maior for o envolvimento do Fundo no Novo Banco, maior será a potencial fatura para o resto da banca.

O caminho indicado pelo presidente do BCP é também o preferido pelo Banco de Portugal que aposta numa reestruturação e na maximização do balanço (por exemplo via venda de ativos) do banco herdeiro do BES, para responder às necessidades financeiras adicionais que venham a ser exigidas pelo Banco Central Europeu.

Nuno Amado comentou ainda a escolha de Sérgio Monteiro, ex-secretário de Estado das Infraestruturas, para liderar o processo de venda do Novo Banco, considerando que é alguém qualificado para a missão   

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