Phillip Hammond, ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, admitiu esta quinta-feira que serão postas em prática “medidas de segurança a curto prazo” para facilitar o regresso de cerca de 20 mil britânicos que se encontram atualmente em Sharm el Sheikh, na península do Sinai, no Egito.

Em entrevista ao programa da ITV Good Morning, o ministro referiu que o Governo britânico, juntamente com as autoridades egípcias, está a trabalhar no sentido de introduzir “novas medidas de segurança a curto prazo” que permitam trazer todos os britânicos. Hammond disse que as companhias áreas esperam começar a realizar os voos de emergência já a partir desta sexta-feira. Deverá demorar cerca de dez dias para trazer todos os britânicos que se encontram atualmente na península do Sinai. 

Na quarta-feira, o Governo britânico anunciou que não haverá mais voos de passageiros para Sharm el Sheikh. “Infelizmente, temos de alterar os nossos conselhos aos viajantes e estamos a aconselhar que sejam apenas realizados voos necessários para Sharm el Sheik”, refere um comunicado publicado no site oficial do Governo. A Irlanda também optou por suspender todos os voos até novas conclusões, de acordo com um documento da Autoridade de Aviação irlandesa. 

Entretanto, a EasyJet anunciou o cancelamento de todos os voos marcados para a península do Sinai. “Iremos manter os voos de e para Sharm el Sheikh em análise, enquanto aguardamos novas instruções por parte do Governo. Os passageiros com voos marcados para Sharm el Sheik nas próximas duas semanas podem pedir um reembolso ou mudar os voos para um destino alternativo sem qualquer custo extra”, disse a operadora aérea num comunicado emitido esta quinta-feira.

No sábado, um avião russo despenhou-se na península do Sinai, no Egito, provocando a morte de 224 pessoas. As causas do acidente permanecem desconhecidas, mas os Estados Unidos da América e o Reino Unido acreditam que poderá ter sido provocado por “um engenho explosivo” colocado pelo Estado Islâmico ou por alguma das suas afiliações. 

O acidente do voo 7k9268 é já considerado um dos piores desastres da história da aviação russa.

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