O “gigante” financeiro JPMorgan Chase foi uma das instituições que estiveram na mira dos quatro piratas informáticos agora acusados pelas autoridades norte-americanas. Trata-se do maior ciberataque de sempre sobre instituições financeiras, que resultou no roubo de dados de mais de 100 mil clientes das 12 empresas vitimadas pelo ataque.

Os ataques ocorreram no verão de 2014 mas só agora foram acusadas pelas autoridades norte-americanas, nota o The Wall Street Journal. Os acusados conseguiram montar uma rede de dimensão global que visou sobretudo instituições financeiras mas, também, uma corretora online e a agência de informação financeira Dow Jones, dona do The Wall Street Journal. Um procurador de Manhattan diz que a dimensão do “conglomerado criminoso” montado era “de tirar a respiração“.

Gery Shalon, Joshua Aaron e Ziv Orenstein são os nomes dos três principais acusados num processo a que se juntou, numa outra acusação paralela, Anthony Murgio. Este último já tinha sido acusado de gerir uma bolsa de bitcoin ilegal ao passo que os primeiros três são, agora, acusados de 23 crimes, entre os quais fraude e pirataria informática.

Entre as práticas que, segundo a acusação, os hackers usavam estava o roubo de informações confidenciais sobre ordens de compra/venda de ações dos computadores da JPMorgan. Depois, usavam esses dados para contactar os clientes do banco, através de endereços de e-mail roubados, dizendo-lhes para fazerem um determinado investimento – o que fazia subir o preço e criava margem para os hackers venderem os seus investimentos a uma cotação mais alta.

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