O presidente da TAP, Fernando Pinto, lembrou que está prevista uma injeção adicional de capital na TAP até meados do próximo ano, que estão em curso “várias operações para fornecer capitalização adicional à transportadora e que “é muito importante” que estes investimentos continuem. “É fundamental que isso continue, para a empresa continuar”, afirmou aos jornalistas, no final de um almoço de Natal da empresa.

Afirmando que a gestão da empresa está reestruturada e que “é preciso ir para a frente”, Fernando Pinto salientou as melhorias detetadas na pontualidade da TAP, que fez com atingisse em novembro o estatuto de oitava companhia aérea mais pontual do mundo, pela FlightStats.

Estamos a bater recordes no ar. A empresa está a fechar o ano acima de 80% de pontualidade. No ano passado, tivemos o pior desempenho de sempre e agora comunicamos o melhor desempenho, com dias em que a pontualidade está acima dos 90%. Há um novo ritmo na empresa”, disse.

Sem querer avançar com números sobre os resultados da companhia aérea, Fernando Pinto afirmou que teve um “evento a favor” – a descida no preço dos combustíveis, que “não se fez sentir muito” por causa da desvalorização do euro face ao dólar – e três eventos contra: a queda do negócio no mercado brasileiro, angolano e venezuelano.

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“A empresa está motivada. Estamos todos a sentir uma nova era, que temos um futuro pela frente. E isso é bastante importante”, afirmou.

Os dois novos donos da empresa, Humberto Pedrosa e David Neeleman, fizeram uma primeira injeção de 150 milhões de euros no banco, prevista no plano de capitalização da companhia aérea. Neeleman considerou na altura que o dinheiro injetado é “bastante”, mas que na “na aviação é pouco”. A estratégia para a TAP passa agora por tarifas que possam concorrer com as companhias aéreas de baixo custo.

Na sua intervenção, Neeleman lembrou que além da injeção de cerca de 369 milhões de euros, que terá de acontecer até 23 de junho de 2016, segundo o Governo, o consórcio fará “outros financiamentos”, nomeadamente na renovação da frota. Segundo o novo dono da TAP, trata-se de um investimento superior a “mil milhões de euros”.